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‘Tudo vibra’: O voo solo e ‘pé no chão’ de Mariana Cavanellas

  • Publicado 07/12/2020
  • as 16:53
Tempo de leitura: 4 min
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Onipresente, a passagem do tempo é uma categoria universal. Ao ser dimensionada por meio de relógios, calendários, ampulhetas e outras tecnologias humanas, ela ganha significado e tamanho, ainda que continue metafísica. Na natureza, o amanhecer e o anoitecer são dois dos fenômenos que comprovam sua existência. Repetitivos, ainda guardam alguns mistérios, segundo a cantora e compositora mineira Mariana Cavanellas, que se inspirou neles para fazer música.

“Se tem uma coisa que se repete na vida é o dia e a noite. Durante meu puerpério, tudo parecia meio sem saída. Foi aí que alguém me disse sobre o milagre que eles representam, sobre estar presente nos detalhes de cada um deles, observar e perceber que existem diferentes cores, contrastes e sons”, explica.
 
É por isso que Tudo vibra, projeto que marca o debute solo de Cavanellas, foi dividido em duas partes: os EP’s Noite, lançado nas plataformas digitais à 0h de hoje (3), e Dia, que chega ao streaming às 12h de amanhã (4). Produzidos por Rafael Fantini, reúnem 11 músicas inéditas que contam com a percussão de Nara Torres e o violão de André Mimiza.
Ex-integrante e cofundadora das bandas Lamparina e A Primavera e Rosa Neon, ela considera que esse trabalho inaugura uma fase almejada desde que começou a cantar. Aos 29 anos, Mariana Cavanellas embarca numa viagem existencialista de gênero indefinido, disposta a abordar temas da ordem do dia.
 
“Meu desejo sempre foi ter um trabalho solo. Isso não é algo simples, requer esforço dobrado. A maternidade abriu o meu olhar para o tempo da vida. Além disso, as músicas foram feitas com inspiração no momento que estamos vivendo, em todo esse processo de transformação de valores. Então, faço uma viagem para dentro, íntima, mas também atenta para o mundo à minha volta”, esclarece ela, mãe de Mayu, de 8 meses.
 
A gravação ocorreu em moldes não tradicionais, ao longo de sete dias de setembro, no sítio da família da cantora em Igarapé, na Região Metropolitana de BH. Ela e três músicos improvisaram um estúdio no quarto dos avós de Cavanellas, onde gravaram cada faixa em apenas um take.
 
“Como, na época, eu não podia me enfiar num estúdio com os músicos por estar amamentando e por conta da pandemia, decidimos gravar nesta casa cheia de significado para mim. Foi uma imersão artística de muito afeto, feita com leveza. Também foi a forma que encontrei de mostrar que é possível ter um filho e não parar. Sem romantização, com todas as dificuldades que isso implica”, conta.
 
Cheio de simbologias e significados, o trabalho trata de fé, ancestralidades e feminismo. Faixa de abertura do EP Noite, Curandeira foi escrita no início da pandemia. Forte, a música é dividida entre a primeira parte, a capella, e a segunda, quando entram percussão e sons sintetizados. “No meu corpo corre sangue de Oxum e de Iemanjá/ No meu corpo corre sangue da negra, da índia, da silenciada”, diz o verso da canção.
 
Aro, escrita pelo baiano Coral, que também participa da faixa, continua sugerindo uma narrativa marcada pela voz, o que perde força em O santo, na qual os instrumentos começam a ganhar força. Em Lá fora, Cavanellas canta sobre a superficialidade do mundo e entoa alguns versos em espanhol.
 
Como o próprio título sugere, Ideias para adiar o fim do mundo faz referência ao livro de Ailton Krenak, lançado em 2019. Mais longa do registro, a faixa é construída em torno de uma paisagem sonora de sons da natureza.
 
O primeiro EP chega ao fim em Vovó me ensinou. “Compus essa música no momento em que minha filha estava chorando e a levei para fora de casa. Fiquei amamentando e olhando os pássaros que estavam por lá. Por um instante, me senti como um deles. Aí comecei a cantar”, revela.
 
Ainda que bastante conectado com assuntos contemporâneos, Dia traz canções mais solares como O mar, de cadência praiana e melodia envolvente, e Oz, que aponta para o futuro, construída sobre uma sonoridade orgânica.
 
Talvez a música que mais reflita o início de uma carreira solo, Coragem conta com a participação da cantora pernambucana Flaira Ferro e esclarece, de uma vez por todas, o rompimento da artista com os dois grupos de que fez parte. “Coragem é muito mais sobre abrir mão do que não faz bem/ Covardia é querer chegar ao fim de algo que não tem fim e adoece”, canta Mariana.
“Quando a gente faz parte de uma banda ou de um grupo, rola uma divisão do objetivo. Doei muito da minha caminhada e agora recobro a rédea da minha vida. Neste álbum está 100% de mim”, comenta. “Nos outros projetos, as coisas se afastaram do meu objetivo com a música.”
 
O destaque do segundo EP é Yanomami, faixa que ressalta a atenção que se deve ter com os povos indígenas e a forma como eles vivem. Poética e bem escrita, a canção traz um arranjo simples, minimalista, mas tem muito a dizer, o que fica ainda mais evidente com a interpretação que Mariana Cavanellas lhe confere.
 
“Eles (os indígenas) entendem que a terra é viva, têm um respeito enorme pela natureza. É um povo que sabe o significado de reexistência, que pensa no coletivo e tem consciência sobre o consumo. Precisamos começar a questionar: qual hábito posso mudar?”, alerta.
 
Com algumas certezas e uma série de questionamentos, Mariana Cavanellas dá início a seu voo solo, disposta a se manter atenta ao que virá. Dona de uma voz potente, ela a usa para amplificar temas que considera importantes e garante que, no futuro, não pretende abrir mão desse princípio.
 
TUDO VIBRA NOITE
.De Mariana Cavanellas
.Macacolab
.Disponível nas plataformas digitais
 
Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/12/03/interna_cultura,1216905/tudo-vibra-o-voo-solo-e-pe-no-chao-de-mariana-cavanellas.shtml
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